Pesquisadores da Embrapa e Fundação Bahia desenvolveram a primeira cultivar de algodão transgênico de fibra longa do Brasil, a BRS 433 FL B2RF.
A nova cultivar possui comprimento de fibra superior a 32,5 mm,
e elevada resistência (acima de 34 gf/tex), características
consideradas ideais pela indústria têxtil para a fabricação de tecidos
finos destinados à fabricação de roupas.
Atualmente, o comprimento das fibras das variedades disponíveis no
mercado é de cerca de 30 milímetros. Hoje o Brasil importa fibras longas
para misturar com fibras médias e produzir um fio de melhor qualidade. A
nova cultivar pode ajudar a suprir a demanda interna por fibra longa.
A BRS 433 FL B2RF faz parte de um conjunto de lançamentos que inclui
as cultivares de algodão BRS 430 B2RF, BRS 432 B2RF. Em comum, os novos
materiais apresentam alta produtividade, estabilidade de
produção, fibra de elevada qualidade, além da resistência às principais
lagartas que atacam o algodoeiro e ao herbicida glifosato.
As cultivares BRS 432 B2RF e BRS 430 B2RF destacam-se pelo elevado potencial produtivo.
A produtividade média é superior a 4.500 quilos (300 arrobas) de
algodão em caroço por hectare e a produtividade máxima pode ultrapassar
seis mil quilos (400 arrobas) de algodão em caroço por hectare.
Ambas são indicadas para os cerrados da Bahia e demais estados do Matopiba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, sendo a BRS 432 B2RF própria para a abertura do plantio em primeira safra e a BRS 430 B2RF para o meio e fechamento do plantio em
primeira safra ou para segunda safra no cerrado do Centro-Oeste
(safrinha). O rendimento de fibra médio da BRS 432 B2RF é de 42% e o da
BRS 430 B2RF é de 40%.
As novas cultivares de algodão BRS B2RF podem ser adquiridas na Fundação Bahia.
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