10 de jul. de 2017

ENFEZAMENTO DO MILHO: SAIBA COM CONTROLAR

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As doenças do milho denominadas enfezamentos são causadas por molicutes (espiroplasma e fitoplasma), que são microorganismos semelhantes às bactérias e têm causado muitos prejuízos às lavouras, especialmente nas regiões mais quentes do Brasil, onde o milho é cultivado em mais de uma safra por ano.

O espiroplasma é responsável pela doença denominada enfezamento-pálido e o fitoplasma é responsável pela doença denominada enfezamento-vermelho. Os molicutes afetam o desenvolvimento, a nutrição e a fisiologia das plantas infectadas, e consequentemente, a produção dos grãos.

As plantas doentes produzem bem menos grãos que as plantas sadias, a redução da produção de grãos na planta doente pode chega a 70% em cultivar susceptíveis às doenças. Os últimos surtos epidêmicos da doença superaram esse índice de perda nas regiões oeste da Bahia, sudoeste de Goiás, Triângulo Mineiro e o noroeste de Minas Gerais.
Sintomas do enfezamento

Os sintomas se manifestam mais na faze de produção das plantas.

Enfezamento-pálido
Manchas cloróticas e independentes na base das folhas que, posteriormente, se juntam e formam bandas grandes;
Entrenós menos desenvolvidos;
Planta com altura reduzida (enfezadas);
Brotos nas axilas das folhas;
Colmo e folhas adquirem cor avermelhada.



Enfezamento-vermelho
Plantas severamente enfezadas (ou seja, menor altura);
Maior intensidade da cor vermelha;
Perfilhamento abundante nas axilas foliares e na base das plantas.


Como ocorre a transmissão

A transmissão da doença ocorre de uma planta de milho doente para uma planta de milho sadia por um único inseto-vetor, denominado de cigarrinha do milho. As cigarrinhas são pequenos insetos, que apresentam coloração amarela-palha, com duas manchas circulares negras bem marcadas no alto da cabeça, o que permite diferenciá-las de outras cigarrinhas comumente encontradas na cultura do milho.

Reveja a palestra online “A cigarrinha do milho prejudicou sua safra? Saiba os cuidados que deve tomar para se prevenir e como proceder com o manejo.”

As cigarrinhas-do-milho sugam a seiva das plantas de milho e se inserem no interior do cartucho das plantas, o ciclo biológico do inseto é influenciado pela temperatura, mas em média dura cerca de 25 dias.

Os espiroplasmas e fitoplasmas são adquiridos pelas cigarrinhas durante a alimentação do inseto nas plantas doentes. Esses microorganismos atravessam as paredes intestinais, caem na hemolinfa (“sangue dos insetos”), se espalham por diversos órgãos e passam a se multiplicar no interior dos insetos, principalmente nas glândulas salivares de onde são inoculados em plantas sadias quando as cigarrinhas iniciam o processo alimentar.

Quando a cigarrinha adquire os molicutes, ela se torna transmissora da doença enquanto viver.


Como controlar

O controle da doença é feito através de medidas preventivas que os agricultores devem adotar. Dentre elas:
Evitar semeadura do milho próximo a lavouras mais velhas e com alta incidência de enfezamentos;
Semear mais de uma cultivar de milho;
Tratar as sementes com inseticidas registrados no Ministério da Agricultura para controlar a cigarrinha;
Sincronizar a semeadura do milho com o período de semeadura adotado para a maioria das lavouras da região.
Interromper temporariamente o cultivo em regiões de alta infestação para eliminar tanto as doenças, quanto os insetos vetores.
Não deixar na área plantas de milho voluntárias (tiqueira), que podem servir de reservatórios do inseto e dos enfezamentos para os cultivos de milho subsequentes.
Utilizar cultivares de milho com resistência genética aos enfezamentos para minimizar os danos causados pela doença;
Evitar a semeadura tardia do milho.


Fonte: Successfull Farming

DIMINUI A POSSIBILIDADE DE OCORRÊNCIA DE El Niño NO BRASIL PARA SAFRA 2017 A 2018

As chances de ocorrência de El Niño diminuíram bastante no último mês. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), mesmo que haja confirmação, o fenômeno será de baixa intensidade.
Com a chegada do inverno, as baixas temperaturas podem provocar a formação de geadas no Sul, Sudeste e em Mato Grosso do Sul, neve nas áreas serranas e de planalto no Sul do país, e friagem em Rondônia, Acre e sul do Amazonas.
Na região Norte há possibilidade de ocorrência de temperaturas médias abaixo do normal, isso favorecerá a incidência de friagem, principalmente no sul do Amazonas, Acre e de Rondônia.
Na região Nordeste a estação chuvosa segue até agosto, favorecendo a ocorrência de chuvas que podem ultrapassar o volume de 100 milímetros em um único dia. As temperaturas serão mais amenas ao longo da costa e no interior da região, se inicia um período seco, com temperaturas altas e baixos índices de umidade relativa.
A região Centro-Oeste já está passando por um período seco. A tendência é que a umidade relativa do ar nos próximos meses fique abaixo de 30%, com picos mínimos abaixo de 20%. As chuvas devem ficar entre normal e abaixo da média para o inverno. O período seco deve vir acompanhado de temperaturas média acima do normal, especialmente entre agosto e setembro.
Na região Sudeste o tempo seco também terá predominância, especialmente em Minas Gerais. As chuvas vão permanecer dentro do esperado, exceto em São Paulo e Rio de Janeiro que serão acima da média. Em algumas regiões as massas de ar frio podem provocar temperaturas baixas e formação de geadas, contudo as temperaturas em grande parte da região devem permanecer acima da média.
No Sul do país, as chuvas devem permanecer acima da média. O aumento de frentes frias vai contribuir para maiores variações de temperatura ao longo dos próximos meses, mas elas permanecerão abaixo da média, o que favorecerá a formação de geadas, contudo essas devem ser menos intensas que em 2016.