29 de jul. de 2016

Técnicos encontram parasita do bicudo do algodoeiro em Malhada- Bahia



        Trinta dias após o encerramento das  aplicações de agrotóxicos ,a natureza prega uma peça ao vilão .Ele é atacado por pequenos inimigos, os quais tentam, a todo custo, impedir sua proliferação. A larva  ou do bicudo é  sugada até a morte; uma vez que a sua reserva nutricional contribuirá para o parasita vencer mais uma batalha e continuar seu ciclo de vida.
       
        No município de Malhada técnicos descobriram na fazenda Guarujá,localizada no povoado de pedrinhas, a presença de um parasitóide do bicudo,que atua principalmente como agentes biológicos reguladores das populações da praga, ocorrendo naturalmente na cultura de algodão Gossypium hirsutum (Bleicher & Broglio-Micheletti 1988, Ramalho & Silva 1993,Ramalho & Wanderley 1995) ; O Catolaccus grandis.

    As fêmeas de C. grandis depositam em torno de cinco ovos sobre a larva do bicudo,principalmente em maçãs ovopositadas pelo bicudo, e tem  a capacidade de parasitar até 366 larvas durante sua fase adulta (Morales-Ramos 1991).
Foto: Anderson Vieira - Catolaccus grandis sugando larva do bicudo

Foto: Anderson Vieira - Catolaccus grandis sugando larva do bicudo

Foto: Anderson Vieira- larva Catolaccus grandis

 Redação: Anderson Vieira
 

PORQUE O MATO NÃO ACABA ? Entenda a dinâmica de proliferação de algumas ervas daninhas.



 Assim como todos os seres vivos existentes no planeta terra, as plantas desejadas ou não também tem um ciclo de vida vegetativo e reprodutivo durante sua existência; porém é interessante focarmos em algumas que de forma impressionante deposita no solo (em profundidades alternadas) um banco de sementes que levanta uma problematização frequentemente questionada pelos agricultores: porque o mato não acaba?

LEVANTANDO ALGUMAS HIPÓTESES:

Algumas apresentam um mecanismo de garantia de proliferação da espécie retardando , por exemplo, a germinação de todas as sementes no mesmo ano que são por ela produzidas . Uma planta de beldroega produz aproximadamente 52.300 sementes. O suficiente para se instalar no solo por até 40 anos. É que ela tem grande longevidade conferida por um fenômeno chamado dormência. As sementes produzidas em 2016 não germinam todas no mesmo ano. Possivelmente ainda vai haver muitas germinando até 2056!A beldroega mesmo cortada já com emissão de flores ainda consegue produzir sementes.
 
Imagem da internet
O caruru muito bem aproveitado na alimentação humana,e animais como galinha, coelho, etc. também produzem aproximadamente 117.000 sementes por planta instalando um problema para o agricultor, pois cerca de 10 pés de caruru por metro quadrado consome 170 kg de nutrientes; embora possa devolver tardiamente após a morte.
Imagem da internet

O problema é que estas plantas indesejáveis em nossos cultivos continuam sementeando assim como tantas outras e consecutivamente aumentando seu banco de sementes no solo.
Agora é possível manter esse banco de sementes dormente, sem germinar uma vez que sementes como as que foram supracitadas precisam encontrar a condições ideais para nascer...germinar. O revolvimento do solo aumenta a luz, a aeração, desloca as sementes para a superfície e ainda provoca alternância da temperatura. Durante o dia quente e à noite frio. Estes fatores favorecem a quebra de dormência das sementes quando recebem umidade (água para embebeção) .A tomada de decisão mais eficiente é não revolver o solo; realizando plantio direto conservando palhadas e impedindo o estabelecimento   destas condições que todas as sementes   precisam para germinar.Com a palhada esta alternância de temperatura é excluída ,deixando o embrião preguiçoso.  

Redação : Anderson Vieira

28 de jul. de 2016

FUNGO PODE SER A SAÍDA PARA CONTROLE DA MOSCA BRANCA




A Beuveria ,fungo naturalmente encontrado na natureza pode se tornar um aliado forte do produtor nos próximos anos ,principalmente no combate de praga excepcionalmente imbatível e dizimadora de plantações inteiras no município de Malhada. A mosca branca.

Este fungo benéfico tem apresentado resultados impressionantes quando visto em ação por aqui. Não introduzido pelos produtores, mas pelos agentes disseminadores como o vento e os próprios insetos causadores de danos econômicos às lavouras em Malhada, a Beuveria tem se manifestado eficiente no combate da mosca branca, atacando desde a suas ninfas aos adultos .Esta manifestação foi encontrada em folhas da corda de viola ou a "jitirana" usada na  alimentação de porcos, gado etc., devido ao auto teor de proteína e adaptabilidade.Neste pensamento, a Beuveria surge com uma alternativa biológica limpa, sem impacto ambiental no campo para controle de pragas dificilmente controladas como a terrível mosca branca.Controvérsias sempre surgem com a hipótese de que este fungo não se prolifera em ambientes como o do município de Malhada (baixa umidade relativa e seco ),mas a adaptação deste vem sendo comprovada eficientemente.

Isolado da natureza e multiplicado em laboratório ,o Beuveria já é comercializado por empresas do ramo de controle biológico. A vantagem é que uma vez aplicado no solo ou em plantas ele sobrevive a outras temporadas e até mesmo se multiplicando.

FOTO:FABRÍCIO VIEIRA- Ataque severo à mosca branca
FOTO:FABRÍCIO VIEIRA- Ataque do fungo às ninfas


FOTO:FABRÍCIO VIEIRA- Ataque do fungo às ninfas e adultos

27 de jul. de 2016

Associação dos Psicultores e pescadores Artesanais de Malhada recebe a visita técnica dos engenheiros da CAR e Bahia Pesca



Preocupados com demanda natural de pescado, cada vez mais escassa,pescadores e profissionais da área agropecuária se uniram para instalar em Malhada a APPAMA.Uma entidade interessada em resgatar "artificialmente" o negócio lucrativo do peixe em outros tempos neste município.
A primeira iniciativa , após a legalização do órgão, foi buscar o apoio da gestão municipal que não se hesitou em apoiar a ideia e contribuiu maciçamente para o que vem acontecendo na vida profissional e empreendedora destes pescadores.O empreendimento patrocinado pelo governo estadual , o banco mundial e assistido pelo governo municipal acaba de receber mais um pontapé com a visita dos técnicos da CAR e Bahia pesca,os quais visitaram a área de instalação  do projeto onde foram realizados ensaios de infiltração de água,textura do solo,aferimento de posições geográficas, e distâncias diversas.
Esteve presente nesta vistoria técnica o secretário de agricultura do município, Sr. Pablo, e o Presidente da entidade Sr. Vasconcelos,ambos empenhados em passar as informações necessárias   para a composição dos laudos periciais que comporá a estrutural do projeto.  


Produtores malhadenses sofrem com o fungo voraz por falta de profilaxia correta


Antes de qualquer  comentário, é salutar exemplificar ou demonstrar sucintamente o que é o oídio e por ele ataca as plantas. O  que estes dois materiais têm em  comum.

Pra início de conversa é preciso assimilar a seguinte hipótese: Se um faz mal ao outro, a  ponto de ocasionar morte; é porque deve ter algo em comum necessário para a sobrevivência de um deles. Ou a planta (melancia, feijão, abóbora ),ou o fungo (oídio).

Necessariamente, este é o ponto de partida para explicar porque o fungo faz tanto mal a planta. Todos dois  biologicamente falando classificados como vegetais. A planta superior e o fungo inferior. Por isto a competição pelos recursos de realização de ciclo vegetativo e reprodutivo. Ambos precisam de alto índice de umidade de solo e relativa para nascerem (tanto a semente das plantas e do fungo) , calor, luz  e aeração. Só que a planta procura estas condições no solo...terra e O fungo; na planta. Principalmente nas folhas e frutos.

A partir desta elucidação, fica fácil entender que a planta, não só estas de valor econômico, mas como outras tantas; são o ponto de hospedagem destes fungos os quais ,se não forem combatidos, podem matá-las ou causar sérios danos ao longo do ciclo (nascer, crescer e produzir ) .

O problema é que o produtor malhadenses , ainda sem a concepção formada sobre o risco do fungo voraz nascer (esporular) sobre ou na planta, menospreza ações profiláticas simples e eficientes no combate ou supressão destes fungos. Ações ou resgate do histórico de instalações de culturas passadas, suas produtividades, seus entraves fitossanitários, época  e espaçamento de plantio ,plantas hospedeiras de fungos nas proximidades, etc. Na verdade, tal investigação se concretiza como um relatório ou levantamento de dados para suplementar as possíveis ações pro- prevenção  a fim de evitar tais aspectos negativos  ao instalar um plantio qualquer.


Vejam no exemplo a baixo:
Oídio em mussambê em área de feijão


Na observação supracitada há um vegetal inferior (fungo do oídio) em detrimento do vegetal superior (planta). Este acontecimento passa despercebido ,uma vez que esta planta não apresenta nenhum valor comercial ao produtor (planta daninha). Exatamente aí começa um futuro drama frequente na maioria das propriedades ribeirinhas e marginais de lagoas; onde o mussambê , o melão de São Caetano feijão ,melancia e abóbora tigueras; hospedam o fungo que sobrevive para o próximos anos.


Feijão com fungo Oídio hospedado no mussambê.
Dezenas de agricultores no município de Malhada vem sofrendo com este fungo voraz que, se despercebido pode dizimar lavouras inteiras. Uma ação profilática eficiente seria eliminar estas plantas hospedeiras e as tigueras de plantas economicamente viável. Assim, ocorre o processo de quebra de ciclo deste fungo, impedindo a proliferação do mesmo.
Quanto a recomendação de produto tóxicos  ou naturais , recomenda-se sempre que o agricultor procure um profissional habilitado para tal.